
Esperar pelo “momento perfeito” para investir pode custar caro. Mais do que acompanhar a oscilação dos juros ou da bolsa, o que define o sucesso de uma aplicação é a estratégia e o perfil do investidor. Em um cenário de incertezas econômicas, a disciplina pode valer mais do que qualquer previsão de mercado; saiba quando investir.

Muitos investidores iniciantes acreditam que existe uma hora ideal para começar a aplicar o dinheiro. Essa ideia, porém, pode ser mais prejudicial do que útil. Para Ricardo Hiraki, CEO da Plano Finanças Pessoais, apoiada pela Quintal Ventures, o melhor momento para começar é quando o investidor tem clareza dos objetivos e está preparado financeiramente, preferencialmente com uma reserva de emergência.
“O mercado vai sempre ter altos e baixos, mas quem espera o cenário ideal acaba ficando de fora. O tempo de exposição ao investimento é mais importante do que o timing perfeito. Então, mais do que tentar acertar a hora, o foco deve ser em começar e manter consistência”, afirma Ricardo Hiraki.
Indicadores que ajudam a decidir
Embora não exista “o momento perfeito”, alguns sinais econômicos auxiliam a entender o cenário e escolher onde investir. A Selic é um deles, já que orienta os rendimentos da renda fixa.
É essencial lembrar que os indicadores servem para escolher o momento, não se o cidadão deve investir, visto que deixar o dinheiro parado já é perder valor com a inflação; conheça os indicadores.
- Taxa Selic;
- Inflação;
- Câmbio;

“A taxa Selic, por exemplo, orienta o rendimento da renda fixa. Se está alta, a renda fixa fica mais atraente. A inflação mostra a perda de poder de compra, então precisamos buscar investimentos que protejam contra isso. Também vale olhar o câmbio, quando falamos de investir no exterior, e o desempenho de setores da economia”, explica o especialista.
Estratégias para cada cenário e para saber quando investir
O ambiente econômico influencia na escolha das aplicações, mas não deve ser um impeditivo para começar. Juros altos, por exemplo, favorecem títulos conservadores, enquanto a inflação elevada exige ativos que corrijam perdas.

“Quando os juros estão altos, a renda fixa oferece retornos muito interessantes com baixo risco, e isso pode ser um ótimo ponto de entrada. Já em momentos de inflação elevada, precisamos buscar investimentos que corrijam esse efeito, como títulos atrelados ao IPCA ou ativos de renda variável que repassem preços”, afirma Ricardo Hiraki.
Investir por meio de aportes regulares tende a ser mais vantajoso. A estratégia permite diluir o risco ao longo do tempo, já que em determinados meses a compra pode ocorrer a preços mais altos e, em outros, a valores mais baixos, resultando em um preço médio no longo prazo.
O poder de começar cedo
Para Hiraki, o hábito é mais importante do que o valor inicial, pois cria disciplina. Além disso, quanto mais cedo você começa, mais o tempo e os juros compostos trabalham a seu favor. Atualmente existem investimentos a partir de R$ 30, R$ 50, acessíveis para qualquer bolso, basta começar.
*Com supervisão de Daniela Borsuk
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