
No Brasil, onde a taxa básica de juros influencia diretamente a rentabilidade dos investimentos, a escolha entre renda fixa e renda variável vai além de números. Envolve compreender o próprio apetite ao risco, definir objetivos claros e alinhar prazos. Enquanto a renda fixa oferece previsibilidade e segurança, a renda variável abre espaço para ganhos maiores; confira.

Escolher entre renda fixa e renda variável é, para muitos brasileiros, um dos primeiros dilemas ao começar a investir. Segurança ou rentabilidade? A resposta está menos em “qual é o melhor” e mais em “qual é o melhor para você agora”, segundo Ricardo Hiraki, CEO da Plano Academy.
Entender como equilibrar essas duas modalidades é essencial para proteger e potencializar o patrimônio, continua o CEO.
“O perfil do investidor é a tradução da forma como cada pessoa lida com o risco. Não é só sobre ter ou não coragem de investir, mas sobre como você se sente quando vê seu dinheiro oscilar”, comenta Ricardo.
Saiba em qual perfil você se encaixa
Segundo o CEO da Plano Academy, quem perde o sono com uma queda de 2% provavelmente é conservador; já quem tolera oscilações moderadas é um investidor moderado; e quem aceita variações maiores em busca de retornos maiores tende a ser arrojado.
Para ter clareza, Ricardo sugere responder questionários disponíveis em corretoras e bancos ou em plataformas.
“Lembrando: não existe perfil ‘certo’ ou ‘errado’ — existe o perfil adequado para o seu momento de vida e para o que você quer alcançar”, comenta o especialista.
Renda fixa X renda variável
- Renda fixa: as regras de rentabilidade já estão definidas no momento do investimento, como emprestar dinheiro para um banco ou para o governo, sabendo quanto e quando vai receber. Exemplos são CDBs, Tesouro Direto, LCIs e LCAs.
- Renda variável: já na renda variável, como ações, fundos imobiliários e ETFs, o valor muda diariamente e o retorno depende do desempenho do ativo e do mercado.
“É a diferença entre ter um salário fixo e ter um negócio próprio: um é mais estável, o outro pode render muito mais, mas com mais incertezas”, explica o CEO.

- Curto prazo: a renda fixa oferece previsibilidade e estabilidade, enquanto a renda variável pode sofrer fortes oscilações.
- Longo prazo: a situação se inverte, a renda variável tem potencial de superar e muito a renda fixa, impulsionada pelos juros compostos e pelo crescimento econômico. Mas exige paciência e preparo para enfrentar crises no caminho.
Quanto investir em cada renda?
A decisão depende de três fatores: prazo dos objetivos, tolerância ao risco e necessidade de liquidez. Para metas de até dois anos, é essencial priorizar a renda fixa. Para prazos maiores, é necessário aumentar gradualmente a fatia de renda variável.
“É como montar um prato balanceado: proteína, carboidrato e vegetais na medida certa para você”, diz o especialista.

Em cenários de instabilidade, proteger o capital vem em primeiro lugar. Isso pode significar aumentar a renda fixa, escolher ações de setores essenciais ou investir em produtos atrelados à inflação e aos juros.
Como começar a investir do zero?
Para quem nunca investiu, o primeiro passo é organizar as finanças e montar uma reserva de emergência equivalente a seis meses do custo de vida, aplicada em renda fixa com liquidez diária, segundo Ricardo.
Depois, definir objetivos claros, estudar e começar com valores pequenos.
“No mundo dos investimentos, conhecimento e disciplina são tão importantes quanto o dinheiro que você aplica”, finaliza o especialista.
*Com supervisão de Jorge de Sousa
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